28 setembro 2012

A longa trajetória de Pokémon no Brasil - Parte 1


Pedro Henrique Dutra, um grande fã de Pokémon me pediu meu blog emprestado para postar suas matérias que ele faz de Pokémon. Eu, claro como tambem sou fã aceitei na hora. Na moral? O cara manda muito bem! Abaixo confira o que ele escreveu. E aguardem que ainda tem muito mais. 


A longa trajetória de Pokémon no Brasil



ANIME – A LIGA POKÉMON DE ÍNDIGO


INTRODUÇÃO
Foi na manhã do dia 10 de maio de 1999 que Pokémon chegou pela primeira vez aos lares das famílias brasileiras pela Rede Record de televisão no programa “Eliana & Alegria”. Tendo estreado no dia 1° de abril de 1997, quase dois anos antes, no Japão o anime chegou aqui de forma sutil e sem muito alarde, apresentando-nos a história do treinador “Ash Ketchum da Cidade de Pallet” e sua longa jornada ao lado de seus fieis companheiros Pikachu, Misty e Brock. Com uma recepção um tanto morna, Pokémon foi aos poucos chamando a atenção da garotada. Pouco a pouco, Pikachu e cia foram cativando as crianças brasileiras e ao final do ano, o anime já havia se tornado uma verdadeira febre no país. A franquia nasceu a partir de uma ideia que o japonês Satoshi Tajiri teve a partir de seu hobby da infância: colecionar besouros e colocá-los para batalhar. Tajiri fundou então a desenvolvedora de jogos Game Freak e decidiu adaptar os elementos principais de sua brincadeira de infância em um jogo para o Game Boy, o videogame portátil da Nintendo na época. No tal jogo, os jogadores deveriam coletar monstros – que apesar de bem maiores que insetos poderiam ser recolhidos em pequenas bolas especiais superportáteis – e poderiam usar esses monstros em batalhas. Jogadores poderiam interagir entre si batalhando e trocando monstros usando o Cabo Game Link especial para o portátil.
Para estimular as trocas, o jogo seria lançado em diferentes versões que viriam nas cores do arco-íris e cada versão teria um conjunto de monstros exclusivos. Assim, se alguém quisesse completar a coleção de monstros em seu própria, teria que inevitavelmente trocar com outros jogadores – ou comprar as outras versões, o que também era lucrativo para a empresa. Mas, por limitações financeiras e técnicas, ao invés de sete versões do mesmo jogo, a Game Freak lançou apenas duas: Pokémon Red Version (Pocket Monsters Red Version no Japão) e Pokémon Green Version (Pocket Monsters Green Version no Japão), lançados em 27 de fevereiro de 1996. Apesar de serem extremamente simples e cheios de bugs e de amargarem um fracasso inicial, de forma similar ao que rolou por aqui, os jogos aos poucos foram conquistando mais e mais jogadores com seu viciante mecanismo de coleção e interação entre jogadores. A Nintendo então decidiu relançar uma versão melhorada desses jogos, sem os defeitos dos originais, e então chegou ao mercado Pokémon Blue Version (Pocket Monsters Blue Version) ao lado de uma nova versão Red.
Dois anos depois, os sprites inanimados, sem cor e até feiosos do Game Boy ganharam formas mais arredondadas, cores vivas e se tornaram desenho animado, quando, ao ver na franquia um grande potencial comercial, a Nintendo e a Game Freak deram sinal verde para que a Shokakugan Productions Co. desenvolvesse um anime baseado nos jogos. Batizado de Pocket Monsters, o anime, exibido pela TV Tokyo,só ajudou a consolidar ainda mais a marca na Terra do Sol Nascente. Com tal sucesso, a Nintendo decidiu levar seus monstros para os bolsos de terras ocidentais, traçando uma campanha de marketing monstruosa com a 4Kids Entertainment, empresa que na época era especializada em licenciar e distribuir animações por todo o continente americano, para que os jogos e o anime chegassem juntos aos EUA com força total. A franquia então foi rebatizada de Pokémon, uma abreviação de Pocket Monsters (monstros de bolso, em português), e lançada na terra do Tio Sam. O lucro imenso que encheu os bolsos da Nintendo, Game Freak, 4Kids e demais companhias envolvidas com a série foram testemunha do imenso sucesso obtido.
Entretanto, a ideia de expansão da franquia não se resumia aos EUA. A Nintendo e a 4Kids também queriam levar a marca para os demais países ao redor do mundo. Para tornar o anime mais acessível ao público ocidental, as empresas acharam necessário fazer algumas adaptações tantos nos jogos quanto no anime. No lado dos jogos, as mudanças foram meras adaptações e traduções de textos e nomes de personagens. Já no anime, a 4Kids alterou diálogos, cortou cenas ou fez modificações digitais e chegou até a censurar episódios inteiros! Após realizar todas as edições consideradas necessárias, a 4Kids começou a apresentar seu novo produto para diferentes empresas de licenciamento de diversos países. Foi então que a Televix entrou na jogada adquirindo o direito de distribuir e licenciar a série com distribuidoras nos países latino-americanos. No Brasil, a Swen Entretenimentos adquiriu a série e se encarregou de dublá-la e vendê-la aos canais de tevê aberta e tevê paga brasileiros. A princípio, a empresa ofereceu o anime a grandes emissoras abertas como a Rede Globo e o SBT, mas ambas rejeitaram o produto. e então a Swen decidiu dublá-lo antes de oferecê-lo a um novo canal que demonstrasse interesse em levar Pokémon adiante por aqui.


DUBLAGEM
Como o anime ainda estava em produção quando a série veio para o ocidente, a 4Kids teve que selecionar um certo número de episódios (52, nesse caso) e fechá-los num pacote para facilitar a negociação com os outros países. Assim, Pokémon seria lançado no ocidente dividido em temporadas e a saga da Liga Índigo, que inicia a série, acabou levando duas temporadas para ser completada, com 52 episódios pertencendo à primeira temporada e os 28 episódios restantes no pacote da segunda temporada. Em 1999, quando a primeira temporada aportou no Brasil, a Swen a entregou nas mãos dos estúdios da extinta Master Sound, que era conhecido como um dos melhores estúdios de dublagem de São Paulo e também como um dos estúdios mais caros do país!
A empresa logo viu que tinha uma enorme responsabilidade em mãos: um desenho com 52 episódios, uma infinidade de personagens diferentes entre protagonistas, regulares, recorrentes e aparições únicas, um vasto vocabulário exclusivo envolvendo nomes de Pokémon, golpes, cidades e itens entre outras coisas que precisavam (ou não) de adaptação, tradução e aportuguesamento. Mas, sob a excelente direção de Fábio Moura, o estúdio conseguiu realizar um trabalho muito bom e que até hoje é considerado um dos melhores da série! Um facilitador nesse processo é que como não se havia nada com o que se comparar o trabalho da Master Sound e o público brasileiro não tinha ainda muito contato com os jogos, por exemplo, não houve muita exigência por parte do público que estava para ser apresentado aos monstros de bolso. Para as vozes dos personagens principais e regulares foram feitos testes e escolhidos excelentes dubladores que se encaixaram perfeitamente em seus personagens.
Encabeçando o elenco de dublagem da série estava o então jovem de 16 anos Fábio Lucindo. Dando ao Ash o tom perfeito de inocência, infantilidade e determinação que o personagem precisava. O sucesso de Lucindo como Ash foi tanto, que ele logo se tornou um dos dubladores mais populares do país, especialmente entre o público de animações japonesas, encabeçando o elenco de pelo menos outras vinte produções. Ao lado dele estavam os mais experientes Márcia Regina e Alfredo Rollo, que dublaram seus respectivos amigos Misty e Brock. Ela conseguiu pegar rapidamente o tom estourado e ao mesmo tempo delicada da menina enquanto ele conseguiu equilibrar o personagem entre o tom intelectual que lhe convém na maior parte do tempo e o jeito abobado diante de garotas atraentes. O trio de vilões Jessie, James e Meowth recebeu as vozes de Isabel de Sá, Márcio Araújo e Armando Tiraboschi, que souberam dar aos personagens a sua dose certa de seriedade, humor, carisma e drama que seus personagens exigiram.
O elenco era de longe um problema, mas ainda havia as diversas expressões próprias que o anime possui. Os textos dos episódios foram bem adaptados, embora em alguns momentos diálogos tenham sido mal traduzidos e algumas piadas e trocadilhos (especialmente os visuais, muito comuns nessa fase inicial da série) tenham se perdido. Sobre os nomes próprios dos Pokémon, a grande maioria foi mantida em inglês, com aportuguesamento na pronúncia – como Pikachu ser pronunciado “chu” na última sílaba ao invés de“tchu” - para facilitar para os dubladores e o público em geral e a dublagem fluir melhor. O mesmo foi feito com os nomes de personagens e lugares. Os poucos nomes traduzidos foram tão bem-sucedidos que perpetuados pelos anos que se seguiram, como é o caso de Miau (Meowth), Pokébola (Poké Ball),Pokéagenda (Pokédex), Bulbassauro (Bulbasaur), Professor Carvalho (Professor Oak) e outros. Alguns, porém, não vingaram como Pombo (Pidgey) e Parasita (Paras), que voltaram à forma original rapidamente.
Com os nomes dos golpes, a tradução pareceu tomar um caminho um tanto mais diferente. Ao invés de definir nomes em português para cada ataque usado por algum Pokémon, o tradutor da primeira temporada optou por usar os nomes americanos apenas como referência, mas era a cena e o efeito visual do golpe que eram definitivos na escolha do nome em português. Por exemplo: quando o Bulbasaur usava a Razor Leaf para simplesmente cortar algo, o movimento era chamado de “Folha (de) Gilete” ou “Folha (de) Navalha”, mas quando a cena de Bulbasaur usando a Razor Leaf mostrava as folhas girando em espiral, o nome usado era Furacão! Do mesmo modo, quando Psyduck usa o Disable (Desabilitar), o nome dado ao golpe foi Congelamento por ele imobilizar a Equipe Rocket e o Confusion (Confusão) foi chamado de Lançamento porque o Psyduck usou a Confusão para lançar os vilões para longe. Às vezes o nome do golpe era trocado por algum comando comum. Ao invés de Jessie mandar Arbok usar o Cavar (Dig), por exemplo, ela dizia “Por baixo da terra!”. O nome que mais sofreu com isso foi Tackle. O ataque, um dos mais básicos e mais usados na série, hoje popularmente conhecido como Investida, não teve uma tradução fixa durante a primeira temporada, sendo traduzido para comandos como “Ataque!”, “Derrube!”, “Pra cima dele!” e etc.Essas decisões de tradução talvez hoje sejam até consideradas inaceitáveis pelos fãs, mas na época não era algo que se questionava. Outro ponto importante de se mencionar é que no começo da série, a Master Sound deixava as músicas de fundo e até o som das vozes dos Pokémon muito baixo em comparação com o áudio em português e em algumas ocasiões, falas não foram dubladas: o personagem mexe a boca, mas não sai som algum. Felizmente, tais erros foram consertados com o tempo.
Como já dito, a 4Kids mexeu bastante no anime para tentar aproximá-lo mais da cultura ocidental. Isso também envolvia as aberturas. No Japão, as aberturas japonesas dos animes traducionalmente tem em média um minuto e meio, um tempo considerado longo demais pelas produtoras americanas que preferem gastar esse tempo com anúncios e propagandas do que com musiquinha de desenho – no Japão, há um interesse comercial desde que muitos CDs com trilha sonoras do anime e singles com as músicas de abertura dos animes são vendidos por lá. Nos EUA, não há tanto investimento em músicas de séries animadas. Além do mais, a canção japonesa não era vista como um potencial sucesso para o público ocidental. A 4Kids então decidiu fazer sua própria abertura, menor, montando um clipe diferente – com cenas da abertura original e de alguns episódios – e com uma música nova. Assim, os fãs ocidentais não assistiam a “Mezase Pokémon Master” (Eu quero ser um Mestre Pokémon) antes de cada episódio começar, mas ao “Pokémon Theme – Gotta Catch’em All!” cujo nome fazia parte do lema de divulgação da série no ocidente. Tal tema de abertura foi adaptado para o Brasil, sendo chamado “Tema Pokémon – Temos Que Pegar!” e cantado por Jana Bianchi. A música, bem cantada e produzida, marcou a infância de muita gente e até hoje é consagrada como um hino da série! No decorrer dos episódios, outras músicas (todas feitas pela 4Kids) surgiram durante os episódios, como “A Hora Chegou” (The Time Has Come), e também receberam suas versões em português na voz de Nil Bernardes e sua equipe.
No Japão, além do tema de abertura, havia também as músicas de encerramento do anime. Para essa primeira fase ocidental, o Japão teve quatro diferentes temas de encerramento: “Hyakugojuichi” (Cento e Cinquenta e Um), “Nyarth no Uta” (A Canção de Meowth), “Pocket ni Fantasy” (Fantasia de Bolso) e “PokémonOndo”. Ignorando todos esses encerramentos, a 4Kids decidiu fazer uma sequência chamada “PokéRap”, na qual os nomes dos cento e cinquenta primeiros Pokémon era cantado ao som de rap. Foram criadas cinco versões diferentes do PokéRap, cada uma com 30 Pokémon que eram tocadas alternadamente ao fim de cada episódio. Além disso, uma versão menor da sequência de abertura era usada para os créditos finais. No Brasil, o PokéRap foi cantado por Nil Bernardes
A primeira temporada de Pokémon foi muitíssimo bem recebida no Brasil e a dublagem ajudou nesse processo, tendo agradado a muitos. Porém, quando a segunda temporada chegou ao país, a Swen decidiu procurar por um estúdio de dublagem diferente, um que fosse mais barato e achou a BKS. Se a Master Sound tinha boa fama, a BKS ia pelo lado contrário e gozava de uma má reputação entre os dubladores que dura até hoje! Assim, o primeiro problema encontrado foi a recusa de alguns dubladores a trabalharem lá e foi um árduo trabalho convencer todos a voltarem. Ainda que a BKS tenha se esforçado, dois dubladores do elenco regular foram substituídos: Fábio Moura e Armando Tiraboschi, que dublaram o Narrador e o Meowth, respectivamente, na temporada anterior, sendo ambos substituídos por Marcelo Pissardini, que enquanto fez um trabalho muito bom dublando o gato falante – que tem mais importância na segunda temporada – não foi um narrador tão bom quanto Moura. Outros personagens que haviam aparecido em um único episódio na primeira temporada e retornavam nesta temporada também tiveram seus dubladores trocados, como as irmãs de Misty.
Mas se o trabalho da BKS causou estranheza na mudança de alguns dubladores, a BKS aparentemente manteve o tradutor que havia trabalhado com a série na Master Sound. Isso ajudou a garantir que os termos traduzidos e bem aceitos na primeira temporada se fixassem definitivamente nesta segunda. Além disso, houve uma organização melhor em relação aos nomes dos ataques dos Pokémon. Assim, o Razor Leaf se fixou como Folha (de) Gilete, por exemplo. Apesar disso, houve algumas diferenças: o Vine Whip, que antes era chamado de Chicote de Vinha, começou a ser chamado de Chicote de Cipó, o Water Gun foi chamado de Arma de Água durante toda a segunda temporada e o Tackle finalmente ganhou um equivalente em português: Ataque de Agarrar. Em termos de direção, a BKS também cometeu menos erros que a Master Sound: não houve falas não-dubladas e a mixagem de som foi melhor realizada, com os sons retidos da versão americana (como as músicas de fundo e as vozes dos Pokémon) estando em harmonia com as vozes dos dubladores brasileiros. Segue a lista com alguns dos dubladores que fizeram parte do elenco que compôs essa primeira fase do anime:

Personagem(ns) – Dublador(es) na versão brasileira da saga da Liga Pokémon de Kanto:

Ash Ketchum – Fábio Lucindo
Misty – Márcia Regina
Brock – Alfredo Rollo
Jessie e Jessebel (Jessiebelle) – Isabel de Sá
James – Márcio Araújo
Narrador – Fábio Moura (Master Sound) e Marcelo Pissardini (BKS)
Gary Carvalho – Rodrigo Andreatto
Prof. Carvalho e Pokéagenda – Wellington Lima
Enfermeira Joy – Fátima Noya
Oficial Jenny – Raquel Marinho e Sandra Azevedo (episódio 64)
Sra. Ketchum – Vanessa Alves
Flint – Carlos Silveira
Margarida/ Daisy – Luciana Baroli (Master Sound) e Daniella Piquet (BKS)
Lily – Rita de Almeida (Master Sound) e Denise Reis (BKS)
Violeta/ Violet – Suzy Pereira (Master Sound) e Márcia Gomes (BKS)
Mãe do James – Denise Reis
Pai do James – Daoiz Cabezudo
Snap e Ritchie – Rafael Meira
Cassidy – Alessandra Araújo
Butch – Silvio Giraldi
Ten. Surge – Afonso Amajones
Sabrina – Fernanda Bullara
Érika – Letícia Quinto
Koga – Gileno Santoro
Blaine e Senhor Goodshow – Eleu Salvador
Giovanni – Afonso Amajones Luiz Antônio Lobue (episódio 68)
Bruno – Mauro Eduardo

Pokémon – Dublador(es) na versão brasileira saga da Liga Pokémon de Índigo:
Pikachu de Ash – Ikue Ohtani e Rachael Lillis (quando a voz original não está retida)
Meowth da Equipe Rocket – Armando Tiraboschi (Master Sound) e Marcelo Pissardini (BKS)
Chansey das Enfermeiras Joy, Goldeen e Horsea de Misty, Jigglypuff – Rachael Lillis
Ekans e Lickitung de Jessie, Squirtle e Charmeleon de Ash, Esquadrão Squirtle, Weezing de James, Venomoth e Golbat de Koga, Magmar de Blaine, Machamp de Giovanni – Eric Stuart
Koffing de James, Geodude de Brock, Seel e Dewgong das Irmãs Sensacionais, Charmander e Muk de Ash, Weepinbell de Erika, Psyduck de Misty, Shellder de Jessie, Charmander “Zippo” de Ritchie – Michael Haigney
Caterpie, Butterfree e Krabby de Ash, Krabby de Gary, Kingler de Giovanni, Butterfree “Happy” de Ritchie –Rikako Aikawa
Pidgeotto e Pidgeot de Ash – Megumi Hayashibara
Onix de Brock, Gyarados de James, Kingler de Ash – Unsho Ishizuka
Zubat de Brock, Staryu de Misty, Charizard de Ash, Arcanine de Gary – Shin’ichiro Miki
Starmie da Misty – Ikue Ohtani
Bulbasaur de Ash – Tara Jayne
Raichu de Ten. Surge – Urara Takano
Persian de Giovanni – Rica Matsumoto
Magikarp e Growlithe “Growlie” de James, Growlithe das Oficiais Jenny, Abra e Kadabra de Sabrina –Maddie Blaustein
Raticate de Ash, Raticate de Cassidy – Jimmy Zoppi
Haunter de Sabrina – Ted Lewis
Primeape de Ash – Hiroshi Otake Michael Haigney (“O Pokémon Lutador”)
Vulpix de Brock – Annie Pondel (“Na Moda dos Pokémon”) e Rachael Lillis
Arbok de Jessie – Koichi Sakaguchi
Tauros de Ash, Nidoking de Gary, Rhydon de Giovanni – Katsuyuki Konishi
Togepi de Misty, Pikachu “Sparky” de Ritchie – Satomi Korogi
Gloom de Erika, Mr. Mime da Sra. Ketchum – Kayzie Rogers
Victreebel de James – Eric Stuart (“O segredo do Centro de Criação”) e Yuji Ueda

EXIBIÇÃO NO BRASIL

Depois de dublado, a primeira temporada de Pokémon foi adquirido no Brasil pela emissora de tevêaberta Rede Record, onde estreou no dia 10 de maio de 1999 no “Eliana & Alegria”, e alguns meses depois chegou à tevê paga pelo Cartoon Network ao lado de outro eventual sucesso nipônico, Dragon Ball Z.Inicialmente, Pokémon havia começado a ser exibido na Record como uma animação qualquer dentro do seu programa matutino infantil. Sua exibição acontecia logo no começo, por volta das 09h20. Com a popularidade crescente de Pikachu e cia., a Record mudou o anime de horário até fixá-lo no “horário nobre” da manhã, 11h30, para atrair uma audiência ainda maior. A exibição na emissora ocorria diariamente em oposição à exibição semanal dos EUA e do Japão. Assim, os 52 episódios se esgotaram em dois meses e meio depois da estreia, dando início às reprises que se alongaram até a chegada dos novos episódios, em 21 de fevereiro de 2000, resultando em oito meses de reprise! O Cartoon Network, por outro lado, lançouPokémon às 17h00 com reprises do episódio exibido à tarde às 22h00, dando ao anime horários fixos e bem definidos. O canal pago também exibiu a animação diariamente, encerrando a exibição da primeira temporada e da segunda alguns meses depois do canal aberto. Embora ambos exibissem os mesmos episódios, havia algumas diferenças entre como essas exibições eram feitas. Na Record, apenas o episódio era exibido junto da abertura com um intervalo definido pelo “Quem é esse Pokémon?”. O Cartoon Network, por outro lado, exibia o pacote todo da 4Kids: abertura, episódio, “Quem é esse Pokémon?”, o encerramento, o PokéRap e mais uma vinheta extra para um segundo intervalo comercial.
Depois de muitas reprises ao longo dos anos, a Record parou de exibir Pokémon definitivamente. Assim, a primeira e a segunda temporada ficaram muito tempo sem poderem ser assistidas outra vez pelo público que não tinha tevê a cabo até que a segunda temporada de Pokémon começou a ser exibida, a partir do segundo semestre de 2002, na Rede Família, uma emissora afiliada à Rede Record. Porém tal exibição era restrita a apenas alguns estados brasileiros e a quem tinha antena parabólica. O fato de a tal emissora começar a exibição de Pokémon a partir da segunda temporada indicou que talvez a Record não tivesse mais os direitos de exibição da primeira temporada do anime – quando uma emissora adquire uma série estrangeira animada ou não, é fechado um contrato entre emissora e licenciadora por um certo tempo. Após o fim do contrato, cabe à emissora decidir se quer renovar o contrato ou não. Caso a emissora não se interesse mais pelo produto, a distribuidora pode procurar uma outra emissora interessada em adquirir o produto. E foi o que aconteceu com Pokémon.
Em 2007, a Rede TV! firmou uma parceria com a Swen Entretenimentos e a partir do dia 16 de junho de 2008, começou a reprisar o início das aventuras de Ash, Misty e Brock em rede nacional no horário das 18h. A emissora exibiu Pokémon de forma bastante diferente da Record: o PokéRap era exibido, mas cortava-se os segundos de “Continua no próximo episódio” e a vinheta do “Quem é esse Pokémon?”. Além disso, eram transmitidos dois episódios por dia dentro de uma hora, mas como cada episódio só possuía 20 minutos, sobravam outros 20 minutos que não davam pra se cobrir só com comerciais. A emissora então criou um segmento próprio de prévia do próximo episódio. O problema dessa prévia é que ela nada mais era que uma versão cheia de cortes mal feitos do episódio seguinte! Com o passar do tempo, tal segmento foi substituído por uma retrospectiva do episódio anterior – que era quase uma reprise cheia de cortes do último episódio exibido no dia anterior.
O fato de a Rede TV! ter adquirido Pokémon gerou surpresa na época e a própria emissora revelou que havia adquirido apenas 35 episódios da primeira temporada para exibir como tapa-buraco até a estreia de um novo programa naquele horário. Ocorre que a reapresentação de Pokémon acabou fazendo um sucesso surpreendente, conseguindo com que a emissora adquirisse os demais episódios, fazendoPokémon retornar à tevê aberta mais uma vez! E então, em 22 de julho de 2008, deu-se início à exibição da segunda temporada na emissora, seguindo os mesmos moldes da temporada anterior e dando continuidade ao ressurgimento do anime na tevê aberta!
Como já fora mencionado, a 4Kids montou a primeira temporada de Pokémon com um amontoado de episódios daqueles exibidos no Japão e tinha a função de adaptá-los, dublá-los e lançá-los no ocidente, licenciando-os para diferentes distribuidoras. Dos 83 episódios pertencentes à saga da Liga Pokémon em Índigo, 52 foram estão incluídos no pacote da primeira temporada de Pokémon, 28 fizeram parte da segunda e três foram banidos. O banimento desses episódios veio a público no Brasil através da revista oficial Pokémon Club da Editora Conrad e gerou bastante discussão entre os fãs em geral, se as razões para esses banimentos era justa ou não. Entretanto, apesar de ter tido três episódios banidos, o problema não parava por aí. Para se ter uma ideia, o 52º episódio da primeira temporada ocidental, “O Segredo do Centro de Criação”, corresponde, na verdade, ao 59º episódio da cronologia original, o que dá uma diferença significativa de sete capítulos!
Essa diferença ocorre porque inicialmente sete episódios haviam sido censurados pela 4Kids! “Aopuruko no Kyūjitsu” (Férias em Aopulco), nunca exibido no ocidente – exceto pelos EUA – por mostrar James usando enormes seios infláveis para vencer um concurso de beleza feminina; “Miniryū no Densetsu” (A Lenda de Dratini), censurado por mostrar pessoas portando, apontando e usando armas de fogo contra crianças e cenas de tortura, e “Dennō Senshi Porigon” (Porygon, o Guerreiro Eletrônico) foi jogado no limbo devido ao polêmico fato de ter causado Epilepsia Fotossensitiva em mais de 700 crianças japonesas que possuíam uma, até então desconhecida, sensibilidade à luz que foi atingida por uma sequência de animação em que cenas de uma explosão usaram flashes de luz muito fortes que se alternavam numa imensa velocidade. Tal problema foi tão grande que fez com que toda a produção de animação japonesa fosse revisada para analisar as cores e velocidades de cenas de episódios para evitar que tal evento se repetisse, com episódios de animes sendo escurecidos digitalmente e mensagens de alerta aos telespectadores para não se sentarem perto da tevê e a assistirem com as luzes acesas sendo acrescentadas ao começo de cada episódio de cada animação. O assunto rendeu tanto que ganhou abrangência mundial, sendo esta a primeira vez que imagens oficiais do anime fossem transmitidas pela tevê brasileira, quase dois anos antes da estreia do anime aqui, via telejornais – inclusive esse fato teria sido um motivos pela rejeição do anime pela Rede Globo e pelo SBT. O assunto ainda é ocasionalmente lembrado pela mídia, tendo sido comparado mais recentemente com os casos de mal-estar e até morte de algumas pessoas que assistiram ao filme Avatar de James Cameron em 3D nos cinemas, e permanece uma amarga lembrança na mente dos produtores, roteiristas e animadores da série animada que tornaram Porygon e todas as suas evoluções o primeiríssimo tabu da série.
Com o problema causado por “Dennō Senshi Porigon”, os episódios comemorativos de Natal que estavam para ir ao ar às vésperas do feriado, acabaram não sendo exibidos porque logo após o incidente,Pokémon foi retirado da programação da TV Tokyo e ficou suspenso da tevê japonesa por quase cinco meses, voltando apenas em 16 de abril, quando a situação já estava acertada. Como a série retornou em abril, não fazia sentido exibir episódios de Natal e os demais episódios sobre datas comemorativas também ficaram prejudicados: “Feriado a La Jynx” , que seria em 23 de dezembro de 1997, “Princesa contra Princesa”, originalmente marcado para ir ao ar em 03 de março de 1998 no Hinamatsuri (Dia das Meninas) japonês, e “O Herói Perfeito”, programado para ir ao ar em 05 de maio de 1998, no Dia das Crianças japonês (Kodomo no hi) – acabaram sendo pulados porque não fazia sentido algum esses episódios irem ao ar fora de suas respectivas épocas comemorativas. Entretanto, “Princesa contra Princesa” apresentava um acontecimento importante para a série – a captura de Lickitung, que viria a aparecer em episódios posteriores e já havia sido citado em dois momentos anteriores. Como era necessário mostrar essa captura, a TV Tokyo decidiu reparar o erro exibindo o episódio em 09 de julho de 2008, fazendo uma dobradinha com “O Herói Perfeito”.
O episódio “Perdidos na Neve!”, que estava programado para ir ao ar em 06 de janeiro, acabou sendo pulado também! Todavia, diferente dos demais, ele não tinha como temática uma data comemorativa japonesa, o que torna o motivo de não ter sido exibido normalmente com o retorno da série uma cógnita ainda sem resposta. Aguardando ainda mais tempo na geladeira da TV Tokyo, “Perdidos na Neve!” foi exibido dez meses depois do programado(!), junto de seu predecessor, “Feriado a la Jynx”, em 05 de outubro de 1998. Não se sabe porque a emissora decidiu enfim exibir esses episódios tanto tempo depois de suas datas comemorativas, mas ninguém poderia reclamar! Depois de enfrentar problemas no oriente, “Princesa contra Princesa” e “O Herói Perfeito” encontraram mais drama no ocidente. Isso porque a 4Kids encontrou certa resistência em encaixar “Princesa contra Princesa” e “O Herói Perfeito” na primeira temporada por eles mostrarem datas comemorativas inexistentes nos Estados Unidos. Havia toda uma preocupação da produtora em adaptar o anime de forma que as crianças ocidentais pudessem se relacionar com a animação, apesar de seus elementos da cultura japonesa, então sempre que possível a empresa tentava maquiar qualquer referência à cultura japonesa na época. É claro que algumas coisas escapavam às tesouradas da 4Kids, já que os bolinhos de arroz ainda fossem visualmente bolinhos de arroz, a Líder de Ginásio Erika trajasse uma roupa tipicamente japonesa, e o festival de fim de verão fosse nada mais que um evento tradicional japonês com música japonesa tocando ao fundo!
Apesar de tudo isso, a 4Kids achou que “Princesa contra Princesa” e “O Herói Perfeito” poderiam prejudicar as crianças com seus elementos de cultura oriental, mas por fim acabou cedendo e incluindo-os no comecinho da segunda temporada – provavelmente mais uma vez Lickitung deve ter salvado o dia por aparecer bastante na segunda temporada. O grande problema desses episódios é que com todas essas exibições fora da ordem original, a cronologia da série acabou sendo seriamente afetada. Em “Feriado a la Jynx” e “Perdidos na Neve!”, Ash possui Charmander e Misty Starmie. Entretanto, quando esses episódios foram finalmente exibidos, Charmander já havia evoluído mais de 20 episódios antes, em “A Marcha dos Exeggutors”, e Starmie já havia sido deixado no Ginásio de Cerulean em “A Sereia Misty”! Além disso, Jessie é mostrada capturando Lickitung em “Princesa Contra Princesa”, mas o tal Pokémon já havia sido mencionado nove episódios antes (cinco, no Japão) em “O Pokémon Farfetch’d” e em “Quem Vai Ficar com Togepi?”. Após todo esse problema com “Feriado a la Jynx”, “Princesa contra Princesa” e “O Herói Perfeito”, nunca mais foram feitos episódios de Pokémon sobre datas comemorativas.
A censura dos outros episódios também causou alguns furos na versão americana da série: “Aopuruko no Kyūjitsu” mostra a chegada dos Treinadores à Cidade de Aopulco e nos apresenta Obaba, que aparece no final do episódio seguinte, “Tentacool & Tentacruel” – que foi exibido por aqui normalmente –, e ainda incluía o primeiro encontro pessoal de Misty e Brock com Gary, a mãe do Ash e o Professor Carvalho, algo que o público ocidental só viu ocorrer na segunda temporada em ocasiões diferentes; “Miniryū no Densetsu” causa um furo ainda maior, pois é aqui que vemos Ash capturando sua manada de Tauros que aparece em vários episódios posteriores, deixando fãs desaviados perdidos sem saber de onde eles haviam vindo; por fim, “Dennō Senshi Porigon” não influencia muito na história, a não ser pelo fato de nos mostrar que é o Prof. Akihabara quem criou o sistema de transporte de Pokébolas. Mesmo com todas essas mudanças e falhas, nada afetou o sucesso do mesmo entre o público ocidental e é claro que tinha mais coisa vindo por aí! No Brasil, a saga da Liga Pokémon de Índigo foi exibida pela primeira vez em 1999, dia 10 de maio, e foi encerrada quase um ano depois, em 22 de março de 2000.

SINOPSE

O garoto Ash Ketchum (Satoshi, no Japão) completa 10 anos e sai de sua casa na humilde Cidade de Pallet (Masara Town) para começar sua jornada Pokémon. Equipado de sua Pokéagenda (Pokémon Zukan), Pokébolas (Monster Balls) e seu primeiro Pokémon, Pikachu, ele inicia sua aventura. No caminho, conhece muitos amigos, em especial Misty (Kasumi) e Brock (Takeshi) – que passam a acompanhá-lo nessa viagem –, ele captura diferentes Pokémon e encara o desafio de enfrentar os Líderes de Ginásio para conquistar oito Insígnias necessárias para entrar na Liga Pokémon, o maior campeonato da região! Mas no caminho, ele tem que lidar com algumas dificuldades como a constante interferência da Equipe Rocket (Rocket-dan) e sua obsessão por roubar Pokémon, em especial o Pikachu de Ash, e as provocações de seu arrogante rival Gary (Shigeru). Após obter as Insígnias, ele parte para enfrentar os desafios da Liga Pokémon da região de Kanto (Kanto-chiho), mas vai descobrir que vai precisar mais do que sorte para vencer os fortes treinadores da competição.

Apesar de a história ser inspirada nos jogos Pokémon Red & Green Version, essa primeira temporada do anime se distancia bastante de sua fonte, ignorando muitos acontecimentos bacanas da trama dos jogos que poderiam ter sido transportadas para as telas – especialmente no que concerne à Equipe Rocket e aos Líderes de Ginásio. Percebe-se também um mau planejamento da série, já que as aventuras começam de forma acelerada – com Pokémon e Insígnias sendo conquistados em um intervalo bem pequeno de tempo – e, do nada, os acontecimentos vão se desenrolando de forma mais demorada, algo que não pode ser justificado como razão de um sucesso inesperado do anime, já que segundo Masaaki Iwane, um dos desenhistas da série, o anime “foi pensado” para durar um ano e meio. Apesar disso, muitos ainda consideram essa saga como a melhor de todas por seus episódios mais inventivos e carregados de referência à cultura japonesa – algo que eventualmente acaba se perdendo bastante – e ainda guardam lembranças dela com um nostálgico carinho especial. Também foi a saga mais assistida da série no Brasil.

EQUIPE DE PRODUÇÃO ORIGINAL
TV Tokyo
softx
Shogakukan Production Co. Ltd.
Baseado em uma história de: Satoshi Tajiri.
Produtor executivo: Tsunekazu Ishihara.
Produtores: Keisuke IwataTakayuki Yanagisawa Takemoto Mori.
Diretor: Masamitsu Hidaka.
Produção de Animação: OLM.
Produtor de animação: Shukichi Kanda.
Produtor associado: Choji Yoshikawa.
Supervisor de animação: Yoichi Kotabe.
Planejamento: Takashi Kawahuchi Masakazu Kubo.
Diretor executivo: Kunihiko Yuyama.
Supervisor de série: Takeshi Shudo.
Designer de personagens: Sayuri Ichiishi.
Diretor de arte: Katsuyoshi Kanemura.
Coordenador de coloração: Norimichi Yoshino.
Diretor de fotografia: Motoaki Ikegami.
Editores: Toshio Henmi e Yutaka Ito.
Música: Shinji Miyazaki.
Diretor de som: Masafumi Mima.
Produtor musical: Takai Yoshida.

EQUIPE DE PRODUÇÃO AMERICANA
4Kids Productions, Inc.
Produtores executivos: Norman J. GrossfeldAlfred Kahn e Tom Kenney.
Produzido por: Norman J. Grossfeld.
Diretores de dublagem: Michael Haigney e Jim Malone.
Produtores de dublagem: Larry Juris Michael Haigney para TAJ Productions.
Tradução: Paul Taylor.
Adaptações de: Norman GrossfeldMichael HaigneyJohn TouheyThomas Sullivan e Crispin Freeman.

CURIOSIDADES

  • O Treinador misterioso (supostamente o membro da Elite dos Quatro Bruno) que aparece na batalha televisionada a que Ash está assistindo em “Pokémon, eu escolho você!” usa uma Pokébola verde. As trinta Bolas Safári que Ash usa para capturar seus trinta Tauros também são Pokébolas verdes emMiniryū no Densetsu. Elas reaparecem em “Batalha no Curral Pokémon”, mas em todas as aparições posteriores de Tauros eles estão em Pokébolas regulares. A razão de tal mudança permanece desconhecida;
  • Arcanine aparece entre o quadro de Pokémon lendários em “Emergência Pokémon” mesmo não sendo um Pokémon lendário. Entretanto, vale ressaltar que de acordo com as diferentes descrições das Pokéagendas dos jogos, Arcanine é um Pokémon lendário na China por sua beleza e agilidade;
  • Animais do mundo real aparecem e são mencionados em alguns momentos durante essa primeira fase do anime como minhocas, peixes, galinhas e tigres;
  • Em “Emergência Pokémon”, a Equipe Rocket começa a perseguir o Pikachu de Ash após ele explodir um Centro Pokémon com seu poder elétrico. Entretanto, deve ser notado que a explosão só ocorreu porque o choque do Pikachu reagiu com o gás do Koffing de James;
  • Em “Ash pega um Pokémon”, a sequência de evolução de Caterpie envolve ele soltando seda de sua boca e se cobrindo com ela, até formar o casulo Metapod, como as lagartas fazem na vida real. Essa foi a única vez que tal sequência de evolução foi usada para um Caterpie, com a animação regular padrão – usada pela primeira vez em “Clefairy e a Pedra da Lua” – sendo utilizada para todas as demais. Da mesma forma, as sequências de evolução de Kakuna e Metapod no episódio seguinte, “O desafio do Samurai”, com as formas evoluídas saindo de cortes no casulo também são substituídas pela cena de evolução regular nas demais ocorrências;
  • Nenhum som de Pokémon pode ser ouvido na dublagem brasileira de “O desafio do Samurai”. É possível que a 4Kids tenha dado uma fita do episódio sem os sons com as vozes dos Pokémon para a Televix. Assim, mesmo quando os Pokémon mexem suas bocas, nenhum som sai delas. Deve também ser observado que em “O desafio do Samurai”, o Pokémon Kakuna é chamado pelo seu nome japonês, Cocoon, que quer dizer casulo em inglês;
  • A partir de “Exibição na Cidade de Pewter”, é frequentemente dito que Pokémon tipo Pedra possuem vantagem contra ataques Elétricos ou que ataques Elétricos não causam dano em Pokémon de Pedra. Na verdade, de acordo com os jogos, Pokémon tipo Pedra recebem dano regular de ataques Elétricos, mas são os Pokémon do tipo Solo que são imunes a ataques Elétricos. Tal erro se deve provavelmente ao fato de que a grande maioria dos Pokémon de Pedra desta geração são parte tipo Solo também. Curiosamente, apesar da tal imunidade ser muito mencionada, Pikachu é visto nocauteando vários Pokémon tipo Solo com golpes Elétricos nesta saga;
  • O episódio “As flores aquáticas da Cidade de Cerulean” marca a primeira vez em que Brock dá em cima de uma mulher ao tentar chamar a Oficial Jenny de Cerulean para um encontro;
  • As Irmãs Sensacionais do Ginásio de Cerulean informam em “As flores aquáticas da Cidade de Cerulean” que o único Pokémon que lhes restou foi um Goldeen depois de muitas derrotas consecutivas, mas logo depois Seel aparece. Isso pode indicar que elas não usavam Seel em batalhas;
  • O episódio “A escola dos golpes duros” mostra a primeira e única vez em toda a série em que Ash demonstra sentir atração por alguém. Neste caso, a Treinadora Giselle;
  • No episódio “Bulbasaur e a Vila Escondida”, na versão japonesa, James faz uma referência ao jogador de origem japonesa Hideo Nomo dos Los Angeles Dogers da Major League Baseball (MLB), o nível mais alto de jogadores profissionais de beisebol do mundo, na cena de Pidgeotto mandando o balão para longe;
  • No episódio “Charmander, o Pokémon perdido”, a Enfermeira Joy alega que Treinadores não devem batalhar em Centros Pokémon, mas no jogo Pokémon Platinum Version, lançado anos mais tarde, é introduzido o sistema de batalhas em Centros Pokémon;
  • O episódio “Aí vem o Esquadrão Squirtle” marcou uma das poucas vezes que o item Super Poção é usado no anime, mesmo sendo de alta importância nos jogos. O desenho usado para o item neste episódio se assemelha ao usado nos jogos a partir de Pokémon FireRed & LeafGreen anos depois;
  • O episódio “Mistério no farol” confirma que um Treinador só pode carregar consigo seis Pokémon. Dois episódios antes, Damian apareceu com uma dúzia de Pokébolas supostamente contendo Pokémon dentro de todas elas em “Charmander, o Pokémon perdido”;
  • Brock explica a Ash que ele pode transferir Pokémon de e para o Laboratório do Prof. Carvalho sempre que quiser usando apenas o botão branco de sua Pokéagenda. Entretanto, esse botão nunca foi utilizado por Ash uma vez sequer visto que sempre que ele quis fazer a transferência de Pokémon, ele ligou para o Prof. Carvalho e usou uma máquina de transferência;
  • A trama do episódio “Mistério no farol” parece ter sido baseada no conto The Fog Horn de Ray Bradbury (sem edição no Brasil), em que um monstro do mar, o último de sua espécie, ouve um sino de nevoeiro (fog horn, em inglês) que se assemelha ao próprio som que ele emite e é atraído por ele;
  • A imagem de um Mewtwo pode se vista na porta do farol de Bill em “Mistério no farol”, mesmo sua existência sendo presumidamente conhecida exclusivamente pelos cientistas da Equipe Rocket, desde que neste ponto da série, ele provavelmente ainda não tinha sido completamente criado;
  • O episódio “Batalha a bordo do St. Anne” foi o primeiro a ser exibido nos EUA. A narração do final do episódio convidava os telespectadores a saberem como tudo começou no próximo episódio, com a exibição do primeiro episódio;
  • Apesar de ser chamado de S.S. Anne nos jogos, o navio St. Anne manteve seu nome original no ocidente, evitando um erro de continuidade anos mais tarde quando Ritchie embarcou num navio S.S. Anne no especial “Em busca da lenda”;
  • Quando o capitão chama o navio de inafundável , é uma referência ao Titanic;
  • Em “Batalha a bordo do St. Anne”, o treinador do Starmie ordena que ele faça um ataque girando. Este pode ser o precursor do Giro Rápido (Rapid Spin) introduzido nos jogos da II Geração da franquia,Pokémon Gold & Silver Version;
  • O episódio “Naufrágio Pokémon” faz muitas referência a The Poseidon Aventures (As Aventuras de Poseidon, sem publicação no Brasil), obra americana de Paul Gallico lançada em 1969 sobre o naufrágio de um cruzeiro de luxo, SS Poseidon e o esforço desesperado de seus sobreviventes para chegar ao casco do navio antes que ele afunde. O livro inspirou quatro filmes, sendo o primeiro deles lançado no Brasil sob o título de O Destino de Poseidon em 1972;
  • Apesar de ser constantemente visto flutuando no ar, Geodude aparece em “Naufrágio Pokémon” pulando no navio, influenciando no equilíbrio dele. Meowth também atesta não gostar de água neste mesmo episódio, mas sonha com uma fonte de água termal em “Perdidos na neve!”. Essa inconsistência de Meowth gostar ou não de água será uma constante ao longo da série;
  • Apesar de não ter chamado seus Pokémon de volta para suas Pokébolas, Misty não os perde no tornado de Gyarados de “Naufrágio Pokémon”, diferente de Ash;
  • O episódio “A ilha dos Pokémon Gigantes” marcou a primeira e única vez que legendas foram usadas para mostrar o que os Pokémon estavam falando. No Brasil, as legendas em inglês eram deixadas intactas, ou legendas em português (muito mal feitas) eram (mal-)colocadas por cima delas;
  • Na versão japonesa, é implicado que Pikachu, Bulbasaur, Squirtle e Ekans são machos por causa do jeito como eles falam. Isso não pode ser percebido no ocidente desde que em inglês e em português, não existem marcadores de fala muito fortes relativos a homens e mulheres. Entretanto, o Squirtle de Ash era tratado como fêmea na dublagem brasileira dos primeiros episódios porque o gênero dos Pokémon variava de acordo com seu representante na vida real. Assim, Butterfree era uma borboleta. Como borboleta é uma palavra feminina em português, Butterfree era referido usando adjetivos femininos, mesmo no episódio “Adeus, Butterfree”, onde ele é confirmado como macho. O mesmo vale para Squirtle, que é uma “tartaruga”, e Ekans, um“cobra”;
  • Apesar de em “Charmander, o Pokémon perdido” ter sido dito que a chama de Charmander não pode se apagar se não ele morre e em “Naufrágio Pokémon” ele ter corrido desesperadamente da água, em “A ilha dos Pokémon gigantes”, sua chama fica submersa na água e nada acontece;
  • Apesar de ter sido censurado, a cena final de “Aopuruko no Kyūjitsu” (com Ash e cia se despedindo do Prof. Carvalho e da Sra. Ketchum) pode ser vista como flashback no episódio “Soneca Hipnótica”;
  • O “Quem é esse Pokémon?” japonês (Dare Da?) de “Aopuruko no Kyūjitsu” é bem interessante. Diferente dos demais, não era um Pokémon que aparecia e sim a vilã do episódio, Brutella;
  • No episódio “Abra e o show de paranormais”, o tipo Psychic dos jogos foi traduzido como Paranormal. A partir do episódio seguinte, porém, a tradução “Psíquico” passou a ser usada e assim permanece até hoje;
  • No episódio “Abra e o show de paranormais” é afirmado que Pokémon do tipo Fantasma são mais fortes que os do tipo Psíquico, mas nos jogos da I Geração os Pokémon Psíquicos eram imunes aos Fantasmas. Na II Geração, porém, os ataques tipo Fantasma passam a ser super-efetivos contra Pokémon Psíquicos;
  • A captura de Haunter por Ash é algo questionável. Apesar de Ash e Sabrina alegarem que o Treinador de Pallet pegou o Pokémon no episódio “Haunter VS Kadabra”, Haunter nunca foi visto sendo colocado numa Pokébola por ele e parecia mais estar ali seguindo-o de forma amigável como se lhe estivesse fazendo um favor. Além do mais, Haunter não estava presente na décima abertura japonesa “Spurt!“, que fez uma homenagem a todos os Pokémon pegos por Ash até então;
  • A Insígnia dada a Ash por Sabrina foi chamada no Brasil de Insígnia de Ouro em “Haunter VS Kadabra”. Curiosamente, esse nome é uma tradução do nome da Insígnia no Japão (Gold Badge). O nome ocidetal é Marsh Badge, que foi usado nos demais episódios e traduzido no Brasil como Insígnia do Pântano/ de Lama;
  • No episódio “Mistério no farol”, o Prof. Carvalho afirma que seu neto Gary tinha pego 45 Pokémon, mas no episódio “Primeape endoidece”, 12 episódios depois, ele diz que Gary pegou 30 Pokémon. O erro está presente tanto na versão japonesa quanto na ocidental;
  • No episódio “Primeape endoidece”, Liga Pokémon aparece escrito da seguinte forma: “POCKEMON LEAG” ao invés de “POKÉMON LEAGUE”. O erro provavelmente ocorreu porque quando o episódio foi feito, a franquia ainda não tinha chegado ao ocidente, então não havia um termo oficial ocidental para a fusão dos nomes Pocket Monsters. O curioso aqui é que esse erro não foi corrigido pela 4Kids;
  • Apesar de ser a obrigação de um Líder de Ginásio aceitar um desafiante, com Brock afirma em “Exibição na Cidade de Pewter”, Ash tem seu desafio à Líder Erika negado por suas assistentes. Entretanto, momentos depois, Erika aceita o desafio dele, reforçando que, esse é o seu dever;
  • Em “Perfume de Pokémon!”, a moldura que aparece em volta de Erika para apresentá-la parece ser inspirada nas molduras usadas para apresentar as personagens do anime Shoujo Kakumei Utena, inédito no Brasil;
  • De acordo com a terceira edição da série de livros “Kids Pocket Books Pocket Monsters”, lançado somente no Japão, é afirmado que o Treinador de Chansey do episódio “Na moda dos Pokémon” é homossexual. Assim, ele é o primeiro personagem homossexual confirmado na série;
  • O disfarce de Jessie e James no episódio “Na moda dos Pokémon” é uma referência ao personagens da famosa série de Ikeda Riyouko, A Rosa de Versalhes (Berusaiyu no Bara). A fantasia de James é baseada na personagem de Oscar François e a de Jessie em André Grandier. Curiosamente, na história de A Rosa de Versalhes, Oscar é uma menina criada como menino e James é um homem vestido como uma mulher;
  • A captura de Vulpix por Brock marca a única vez na série em que uma captura ocorre sem a Pokébola tocar o Pokémon a ser pego. É curioso que mesmo sendo afirmado que Vulpix era de Suzy em vários momentos ao longo da série, o fato de Brock ser capaz de pegá-lo com uma Pokébola sua parece indicar que Suzy não o mantinha numa Pokébola antes. Também podia ser uma indicação de que inicialmente, era possível capturar um Pokémon ainda que ele pertencesse a outro Treinador – embora isso nunca tenha sido diretamente confirmado na série;
  • Apesar de não ser um Pokémon do tipo Lutador nos jogos, Brock pode inscrever seu Geodude no Grand Prix P1, uma competição para Pokémon Lutadores em “O Pokémon Lutador”. Entretanto, vale ressaltar que nas estampas ilustradas, Geodude entra na categoria do tipo Lutador;
  • O episódio “Faíscas voam pelo Magnemite” marca a primeira vez que é revelado que um Pokémon do tipo Elétrico pode ter problemas caso fique sobrecarregado. Esta situação voltou a ser retratada em episódios posteriores;
  • Apesar de vários episódios mostrarem Pokémon saindo de suas Pokébolas sem permissão, o episódio “Em busca dos Digletts” é o único em que os Pokémon se recusam a sair quando chamados;
  • Em “Os poderes do Poké-ninja”, a Equipe Rocket faz uma apresentação Kabuki, um tipo de dança dramática tradicional japonesa;
  • Apesar de todos os episódios de Pokémon terem sofrido uma diminuição da velocidade e do brilho da animação pelos próprios japoneses após o caso do episódio do Porygon para reprises e distribuição, a 4Kids recebeu e repassou as versões não-editadas de “Os poderes de Poké-ninja” e “A Poké-corrida”;
  • De acordo com o site Pokeani, o episódio “A Poké-corrida” teve a maior audiência dentre todos os episódios de Pokémon atingindo 18.6 pontos. Em nível de comparação, o maior índice mais recente foi a estreia da série Best Wishes que marcou 9.3 pontos de audiência, metade disso;
  • A música “Pokémon Ondo”, o eventual quarto encerramento da série no Japão, foi mantida na íntegra em “A Poké-corrida” pela 4Kids, marcando um momento único em que uma música japonesa toca num episódio exibido no ocidente;
  • A história de Tommy do episódio “O filho de Kangaskhan” foi inspirada na história de Tarzan, personagem criado por Edgar Rice Burroughs em 1912, protagonista de uma série de vinte seis livros, iniciada por Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan of the Apes), que conta a história de um menino criado por macacos;
  • A canção de ninar das Kangaskhan não é dublada pela 4Kids, então pode-se ouvi-las dizer seu nome japonês: Garura;
  • Apesar da censura de “Miniryū no Densetsu”, cenas do episódio foram utilizadas no PokéRap, o que pode indicar que a 4Kids o recebeu para dublagem, mas preferiu não lançá-lo;
  • Misty usa sua isca especial pela primeira vez em “Miniryū no Densetsu”;
  • O design das Bolas Safári em “Miniryū no Densetsu” é completamente diferente do usado nos jogosFiredRed & LeafGreen anos mais tarde;
  • A frase que Duplica usa ao imitar a Policial Jenny (“Vocês estão presos por caça ilegal!”) em “A mansão misteriosa do Ditto” é a mesma usada pela própria policial poucos episódios antes em “O filho de Kangaskhan”, porém no plural. Além do mais, o fato de ela ter um boné igual ao de Ash implica que ela também é uma das 100 ganhadoras dos bonés oficiais da Liga Pokémon;
  • O nome do professor do episódio banido “Dennō Senshi Porigon” é Akihabara, o mesmo de um famoso distrito de eletrônicos em Tóquio;
  • A epilepsia causada por “Dennō Senshi Porigon” foi parodiada em episódios da séries animadas americanas Os Simpsons e South Park;
  • Antes de “Dennō Senshi Porigon” ser banido, Pokémon era exibido regularmente às terças-feiras no Japão, mas quando voltou ao ar passou a ser exibido às quintas, horário que ocupa até hoje. Além disso, o episódio de Ano Novo (“É Véspera de Ano Novo! Pokémon!”, em português) nunca foi exibido. Este é o único episódio de que se tem notícia até o momento que foi anunciado, mas nunca exibido nem teve qualquer imagem ou sinopse divulgada. Portanto, não se sabe exatamente do que se tratava. Se era uma episódio animado comum ou algo especial e diferente para a programação de fim de ano da TV Tokyo. Originalmente, o episódio iria ao ar dia 31 de dezembro de 1997 entre os episódios “Feriado a la Jynx” e “Perdidos na neve!”;
  • A falecida dubladora americana Maddie Blaustein alega que “Dennō Senshi Porigon” foi dublado em inglês com a intensidade da cena da explosão diminuída para evitar que mais telespectadores tivessem ataques epiléticos, mas nunca foi exibido por causa do banimento mundial do episódio imposto pelo governo japonês;
  • O episódio “O adeus de Pikachu” foi feito após o incidente envolvendo o episódio “Dennō Senshi Porigon” uma vez que sua exibição não constava no cronograma de episódios até antes da série ficar fora do ar e foi o primeiro episódio exibido quando o anime retornou;
  • Em “Irmãos da pesada”, Rainer alerta seu irmão mais novo Mikey pode perder sua licença de Treinador por ter perdido seu Eevee. Entretanto, Mikey é claramente mais novo que Ash e não deveria ter uma licença desde que a idade mínima para isso é dez anos, como informado no primeiro episódio da série, “Pokémon, eu escolho você!”;
  • É implicado em “Irmãos da pesada” que se mais Pedras forem usadas em um Eevee ao mesmo tempo, o resultado pode ser perigoso;
  • Acorde, Snorlax” marcou a primeira vez que alguém é mostrado sangrando no anime. Neste caso, Misty;
  • Batalha na cidade sombria” revela o vício de Pikachu por ketchup;
  • A trama de “Batalha na cidade sombria” é baseada no famoso filme samurai dos anos 60, Yojimbo, o Guarda-costas (Yojinbo) do lendário cineasta japonês Arika Kurosawa. No filme, um samurai solitário põe fim a uma guerra entre gangues rivais em uma cidade pequena e desolada;
  • No episódio “A marcha dos Exeggutors”, a roupa de festa que Brock usa se assemelha muito àquela que se tornaria o seu visual no clipe do décimo encerramento japonês, “Takeshi no Paradise”;
  • O episódio “O problema com Paras” mostra que aparentemente o mecanismo de obter pontos de experiência de fato é válido no anime. Entretanto, parece que, diferente dos jogos, os pontos não são obtidos somente quando um Pokémon derrota seu oponente, mas quando o Pokémon é declarado o vencedor numa batalha – ou se ele acredita ser um vencedor –, não importando os fatos em si;
  • O Jigglypuff do “Quem é esse Pokémon?” de “A canção de Jigglypuff” tem olhos verdes, como a sua versão shiny, embora Pokémon shiny ainda não existissem quando o episódio foi feito;
  • Existem duas possíveis referências à saga de filmes de Indiana Jones em “O ataque dos Pokémon pré-históricos”: a roupa de Gary e o momento em que Ash tenta apagar o pavio acesso pela Equipe Rocket e eles rolam para uma rocha como em Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, 1981);
  • Em “O ataque dos Pokémon pré-históricos”, temos a estreia dos Pokémon fósseis, os únicos Pokémon do tipo Pedra da I Geração que, pela lógica dos jogos, seriam fracos contra os ataques do tipo Elétrico por serem parte Água ou Voador. Entretanto, eles não parecem levar dano dos golpes Elétricos de Pikachu no anime, dando suporte à falsa ideia propagada nesta saga de que Pokémon tipo Pedra eram imunes a ataques Elétricos;
  • O Dr. Proctor alerta Jessie que Voltorb pode se autodestruir em “Uma operação Chansey”, algo que aparentemente ela não sabia, mesmo tendo sendo vítima das autodestruições de vários Voltorb em “Os poderes do Poké-ninja” episódios atrás. O mesmo acontece no final do episódio com James tendo roubado um Voltorb inocentemente e Meowth lhe dizendo o que ele é. Curiosamente, em “Os poderes do Poké-ninja”, James era o único que sabia sobre os Voltorb;
  • O letreiro para o qual Ash aponta em “Princesa contra princesa” é para o filme que eles filmariam em “Luz, câmera, quack-ação!”, 25 episódios mais tarde;
  • O falso flashback de James em “Sagrado matrimônio!” parece ter sido inspirado no episódio final do desenho animado Dog of Flanders (O cão de Flandres), inédito no Brasil, que foi ao ar no Japão em 1975 e é baseado no romance belga homônimo de Maria Louise Ramé, sem edição no Brasil. O desenho animado é sobre um menino chamado Nello e seu cão Patrasche. No último episódio da série, o garoto, pobre e cansado, está andando na neve e chega à catedral de Antuérpia. Após descobrir a porta aberta, ele entra, cai de exaustão, olha para cima e vê os anjos descendo para buscá-lo. Na cena final, menino e cão morrem e são levados para o Céu;
  • O disfarce que Jessie e Meowth usam em “Sagrado matrimônio!” é o mesmo usado por kuroko no teatro japonês. Kuroko são assistentes de palco que se vestem de preto para poderem mexer no cenário sem chamar atenção;
  • Na cena final de “Sagrado matrimônio!”, quando James se despede de Growlithe ele está usando uma roupa em referência a Kogarashi Monjiro, protagonista de uma antigo drama samurai exibido no Japão nos anos 1970;
  • Em “Quem vai ficar com Togepi?”, Ash ordena que Bulbasaur faça cócegas no Psyduck para evitar que ele fique incapaz de batalhar. Este pode ter sido o precursor do movimento Cócegas (Tickle) introduzido na II Geração;
  • Em “O jardim misterioso de Bulbasaur”, Pikachu imita um Pokémon pela primeira vez. Neste caso, Bulbasaur;
  • A fumaça de Gloom usada pela Equipe Rocket no episódio “A unidade canina” pode ser uma referência à poção roubada por eles em “Perfume de Pokémon”;
  • Apesar de mudar constantemente o nome dos bolinhos de arroz no anime, a 4Kids usou o nome certo no episódio “Fotógrafo de Pokémon”;
  • O esquema do exame de “O teste final” parece refletir as perguntas do Ginásio de Cinnabar nos jogos. Entretanto, enquanto as perguntas do Ginásio habilitavam o Treinador a chegar ao Líder sem enfrentar seus discípulos, os exames aqui permitem que o Treinador entre na Liga Pokémon sem precisar lutar pelas Insígnias de Ginásio;
  • Apesar de ter batalhado com o Arbok de Jessie e o Weezing de James várias vezes ao mesmo tempo, Ash tem muita dificuldade em lembrar quais são os ataques de um Arbok em “O teste final”, mas quase nenhuma para lembrar os movimentos de um Weezing, que aliás é o único Weezing não-pertencente a James visto na série até o momento;
  • O chefe que tem Psyduck como seu Pokémon favorito do episódio “O segredo do Centro de Criação” parece ser o mesmo que aparece rapidamente em “Amigo de verdade”, 20 episódios mais tarde;
  • Em “O segredo do Centro de Criação”, James não sabe quem é Cassidy. Isso é contradito cinco anos mais tarde no especial “Dias de treinamento”, que mostra Jessie, James e Meowth se tornando membros da Equipe Rocket, junto de Cassidy e Butch, então todos se conheciam;
  • Apesar do mundo Pokémon ser constantemente visto como sendo completamente diferente do nosso, quando o Charizard faz seu Arremesso Sísmico pela primeira vez em “Pânico no vulcão”, a Terra aparece como ela realmente é, sendo possível ver países como a Austrália. Lugares do mundo real também são constantemente mencionados tanto no anime quanto nos jogos;
  • Em “Pânico no vulcão”, Squirtle e Staryu mantem os Pokémon frescos usando água, incluindo o Geodude e o Onix de Brock que, como dito e mostrado várias vezes no anime, são fracos contra movimentos do tipo Água;
  • Em “Desmaios na praia do Blastoise”, Pikachu parece incapaz de entender o que o Wartortle tenta lhe dizer, chamando Squirtle para ajudar, o que é estranho uma vez que é mostrado em vários outros momentos no anime que todos os Pokémon são capazes de se comunicar entre si sem problemas;
  • As roupas que Jessie e James usam para atacar o Ginásio de Cerulean em “A sereia Misty” parecem baseados no balé Lago do Cisne;
  • Em “A sereia Misty”, descobrimos que o Arbok de Jessie consegue nadar embaixo d'água, mas que o Weezing de James não por ser menos denso que água, sendo impossível para ele ficar no fundo;
  • O episódio “A batalha da Insígnia” contem cenas do filme “Mewtwo contra-ataca”, marcando a primeira vez que cenas de filmes são usadas durante episódios regulares do anime. Na versão japonesa, aqui também marca a primeira vez que BGMs de filme são usadas nos episódios da série – na versão ocidental, a música japonesa pode ser ouvida no episódio seguinte, “A hora do Mr. Mime” mesmo a 4Kids tendo substituído todas as BGMs do filme por músicas criadas por ela mesma;
  • Em “Batalha no curral Pokémon”, temos a última vez que cenas de um filme Pokémon são usadas num episódio regular da série;
  • No episódio “Batalha no curral Pokémon”, Gary e Prof. Carvalho se surpreendem ao ver o Meowth da Equipe Rocket falar. Entretanto, Gary já havia visto Meowth e até se dirigido a ele dois episódios antes em “A batalha da Insígnia”;
  • A cena de introdução de Pokémon – O Filme usada no VHS do filme é tirada do segmento do Prof. Carvalho da versão japonesa do episódio “A solução da evolução”. Os segmentos do Prof. Carvalho são sempre cortados dos episódios exibidos no ocidente pela 4Kids;
  • No episódio “A hora do Gloom”, Ash diz a Brock que ele encontrará toneladas de garotas que o rejeitarão. Ao longo do anime, Brock foi rejeitado por mais de 500 garotas;
  • O filme “Pokémon Apaixonado”, que os personagens estão filmando em “Luz, câmera, Quack-ação”, é inspirado na famosa peça de Shakespeare “Romeu & Julieta” (Romeo & Juliet);
  • O episódio “Vá para Hollywood, Meowth” marca a primeira vez na série regular que a trama principal do episódio não envolve Ash e cia. Neste episódio, o foco é o Meowth da Equipe Rocket;
  • A loja do episódio “Vá para Hollywood, Meowth” é uma referência à rede de joalherias Tiffany & Co. Além disso, a pose de Delia quando todos chegam em Hollywood é uma referência à famosa pose de Marilyn Monroe;
  • A placa do carro da dona de Meowzie é 052-NYA. O número de Meowth na National Pokédex dos jogos é 052 e seu nome japonês é Nyarth. Vale notar que o formato de placa 123-ABC foi extinto na Califórnia – onde o episódio se situa – em abril de 1980 quando o modelo 1ABC234 foi inserido. Durante aquela era, um design de placas nas cores amarelo e azul foi incorporado, como mostrado no episódio;
  • Nyarth no Uta”, a canção de Meowth, ganhou uma versão ocidental em “Vá para Hollywood, Meowth”. Entretanto, a adaptação da 4Kids envolve Meowth simplesmente falando sobre como ele quer aprender a andar e a falar. A versão japonesa é mais poética e fala sobre como ele se sente sozinho. Curiosamente, Gerardo Vásquez, o diretor de dublagem da série para os países hispânicos da América Latina e dublador do Meowth, cantou alguns versos da versão japonesa junto com a música adaptada para o espanhol mesmo a versão trazida à América Latina sendo a americana. Tudo pelo seu imenso amor ao personagem e à série;
  • Uma tábua de pedra similar a que Eve mostra a Ash e cia no episódio “O antigo quebra-cabeça de Pokémopolis” é visto quatro anos mais tarde em posse do Prof. Alden em “O portal da ruína”;
  • Nas lembranças de Otoshi em “Um osso duro de roer”, é mostrado que ele enfrentou um Scyther para ganhar sua Insígnia da Alma (que Ash recebera de Koga) e um Hitmonlee para obter a Insígnia de Ouro (que Ash recebera de Sabrina);
  • flashback de Otoshi implica que ele conseguiu Insígnias do Vulcão, de Ouro, da Alma e do Trovão. Entretanto, quando a Equipe Rocket rouba suas Insígnias, a Insígnia do Trovão não está presente, mas uma Insígnia de Rocha e uma de Cascata sim e três Insígnias desconhecidas além das já mencionadas. Porém, quando Jessie mostra as Insígnias roubadas a outro Treinador, a Insígnia do Trovão está lá, mas a de Ouro não. Também deve ser observado que todas as Insígnias parecem distorcidas nesta cena, à exceção da de Rocha e do Trovão;
  • Em “Um osso duro de roer”, é fortemente implicado que Jessie poderia capturar o Duduo de Otoshi, mesmo ele já sendo mantido em uma Pokébola, contradizendo o fato de que Pokémon capturados não podem ser recapturados como mostrado nos jogos e no anime, em ocasiões posteriores. A atitude dos personagens, que fortalecia a ideia de que se poderia capturar um Pokémon já capturado, pode ser justificada, entretanto, pelo fato de ser a primeira vez que eles viram algo assim acontecer, não sabendo se era mesmo possível ou não;
  • Quando Ash se lembra de suas batalhas contra os Líderes de Ginásio, vemos Bulbasaur enfrentando Venonat. Esta cena não foi da batalha de Ginásio e sim da luta de Ash contra Aya, a irmã caçula de Koga. Para ganhar a Insígnia, Ash havia usado Charmander contra o Golbat do Líder;
  • A tradição de carregar a tocha da cerimônia de abertura da Liga Índigo é uma referência à Cerimônia da Tocha Olímpica das Olimpíadas;
  • A sigla do canal da Equipe Rocket em inglês, LCN (Lovely Charming Network, Canal Encantador e Charmoso), usada no episódio “Começa o primeiro round!” é uma referência ao lema japonês da Equipe Rocket onde eles se declaram os vilões encantadores e charmosos. No Brasil, LCN quer dizer Lindo Canal Notável;
  • Brock diz em “Começa o primeiro round!” que Kingler é fraco contra ataques aéreos. Essa suposta desvantagem não existe nos jogos;
  • No episódio “Fogo e gelo”, Ash passa por um cinema que está exibindo o filme “Pokémon Apaixonado” que ele e cia ajudaram a fazer em “Luzes, câmera, Quack-ação!”;
  • Ritchie é capaz de identificar suas Pokébolas através de adesivos que colocou nelas. Isto pode ter sido o precursor dos Selos que são introduzidos na IV Geração dos jogos;
  • O fato de o Spearow que atacou Ash com seu bando em “Pokémon, eu escolho você!” reaparecer evoluído em Fearow em “Uma festa de arromba” e o fato de o Treinador de Pallet ter tentado capturá-lo pode ser uma referência ao mangá Pokémon: As Aventuras Elétricas de Pikachu (Pocket Monsters: Dengeki Pikachu), em que Ash o capturou logo no começo de sua jornada;
  • Durante a saga da Liga Índigo, a noção do que qualificava um Pokémon como fora de combate ainda não era muito clara. Enquanto nos jogos um Pokémon só é considerado fora de combate caso ele seja nocauteado, durante esta saga Pokémon foram declarados derrotados por serem colocados para dormir ou por serem substituídos por seus Treinadores. Isso ocorre, por exemplo, durante a batalha entre Ash e Ritchie, na qual o Squirtle e o Charmander de Ritchie são considerados derrotados por ter sido colocado para dormir e recolhido, respectivamente. Vale notar também que a maioria das batalhas desta fase não contavam com a presença de juízes, mesmo batalhas oficiais de Ginásio. Nas fases seguintes, juízes se tornarão fundamentais e quase toda batalha terá um, mesmo que não seja uma competição oficial;

Um comentário:

  1. O kingler do ash é macho não é? Pois quando ele era um krabby chamavam ele de " um krabby" e agora que ele é um kingler falão que é "uma kingler" me responda corretamente por favor

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